“Preparação eficiente”

Revista FullPower – Ed. 17

Marea aspirada recebe veneno à base de escape, chip e kit nitro com 80 cv.

Nada de uooootchiiiii, aquele maravilhoso som característico dos carros turbinados. Mas reconheço que assistir a esse Marea Weekend 2.4 esticando as marchas também é um grande barato. O ronco emitido pelo escape é grave, encorpado – eu até arriscaria dizer que é discreto, “pero no mucho”. Afinal, quem é que não curte dar uma acelerada mais forte e perceber que a galera na calçada ficou com o pescoço torto e esticado só para conferir o maluco e sua caranga sumindo láááááá na frente, não é mesmo?

Mas dê uma olhada mais atenta aos detalhes da station e responda: é preciso roncar alto para chamar a atenção com um carro assim? A equipe da loja Flash (SP) botou para ferver no tuning… Vamos lá: o capô é de Marea Turbo, com aberturas para saída do ar quente do cofre do motor, os faróis, com angel eyes e xenônio, mais parecem os olhos de uma fera prestes a dar o bote, o pára choque frontal é “abertaço”, as rodas são originais da Fiat, importadas da Itália…

Um dos sócios da Flash, Alexandre Gardin Barros (conhecido como Ale entre os cliente e amigos), afirma: “Duvido encontrar um Marea com um pára choque igual. Esse é personalizado mesmo”. A explicação: a peça base é vendida pela Personal Parts, mas aí entra em ação a criatividade dos fibreiros da Flash, que dão um talento extra à peça. “Fazemos novas aberturas, externamos curvaturas, tudo em fibra de vidro, deixando o pára choque exatamente ao gosto do cliente”, afirma Alê.

A Flash ainda ficou incumbida da missão de importar as rodas, envernizar as barras longitudinais do bagageiro de teto, revestir bancos e forração de portas com forro e, principalmente de dar aquela tunada no interior da SW.

Entre na caranga e confira com seus próprios olhos, aliás, com seus ouvidos. A sonzeira é animal. O radio original foi substituído por um Pioneer, modelo 7490, com tela de cristal líquido motorizada e alto falante para criação de canal central – instalado sobre a saída de ventilação no alto do painel. Dois kits de duas vias (Profile) dão conta da reprodução das freqüências altas e médias (instrumentos de corda, metal e voz). Na dianteira, o kit foi dividido da seguinte forma: midbass nas portas e tweeter nas colunas. Na traseira, o acabamento das colunas agrupa os falante do segundo kit.

O compartimento de bagagem arregaça! São dois subwoofers de 10″, da Kenwood, bombando forte dentro de uma grande caixa selada. Entre os subs há uma disqueteira de CD e espaço para DVD – que estava na revisão no dia em que as fotos para a matéria foram feitas. Nas laterais, dois amplificadores Profile se encarregam de nitrar o som.

Os pneus (Yokohama 215/45 R17″) colam a perua no chão, mesmo nas curvas controladas com maior velocidade. A outra parte da excelente estabilidade é o mérito do conjunto de molas Elibash, importadas, que diminuem a altura em relação ao solo sem comprometer a relação de segurança/conforto.

A caranga pertence a um empresário paulista, que preferiu não ser identificado. Quem levou o carro até a Dynojet para a medição no dino foi o preparador Marcos Eli, da NPC Performance, oficina de São Bernardo do Campo (SP), responsável pelo “envenenamento” da máquina. “O maior desafio foi conciliar os 80 cv de nitro com o coletor de admissão de plástico, tinha receio de que o choque térmico (nas nitradas) trincasse o coletor”, reconhece Marcos. “Até consultei um técnico especialista em plásticos”, relembra. “Para piorar, a peça é dividida em duas partes, presas por travas”, completa.

O veneno mostrou-se altamente eficaz: no Dino, a SW nitrada despejou 219 cv de potência a 31,9 kgfm de torque nas rodas (227 cv e 39,9 kgfm no motor, respectivamente)!
Na calculadora, foram R$ 4.000 de preparação, sendo: kit nitro da NOS (R$2.500), escape Giba de 2,5″ (R$500), filtro K&N (R$350), remapeamento de chip (R$650).
Sumir na frente de um outro Marea 2.4? Não tem preço!

Remapear um chip exige cautela e, principalmente, muito conhecimento técnico por parte do preparador. E tem mais, se a oficina não tiver a disposição um equipamento com tecnologia de ponta, o cérebro do seu carro (a centralina) pode correr um sério risco de ficar inutilizado.

A Eprom (ou chip) de alguns automóveis, como é o caso do Marea 2.4, tem características peculiares antiviolação. Para alterar os parâmetros de funcionamento da injeção desse carro, por exemplo, a NPC Performance utiliza o sistema KESS, importado para o Brasil pela empresa Prado Power Chips. Essa tecnologia libera o acesso à central eletrônica do veículo para que o preparador – munido de um computador portátil – altere os parâmetros necessários para otimizar o desempenho do motor.
Parece fácil, mas não é…

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