“Tanto cá como lá”
Revista Maxi Tuning – Ed. 30
Empresário ligadão nas melhores marcas de tunning do mundo monta Ford Focus com acessórios e sonzeira de 1º mundo. |
Carros de origem européia são maioria esmagadora no prospecto das montadoras nacionais. Porém, perto dos irmãos do Velho Continente temos uma desvantagem: por lá cada automóvel tem pelo menos 10 preparadoras dispostas a realizar um tunning funcional, aliando alta performance e estética, sem alfinetar a praticidade. Enquanto por aqui… só spoiler, aerofólio, e saias laterais mequetrefes sem nenhum mísero cavalinho a mais no motor, isso quando rola! O que é raro! Dar estilo agressivo aos modelos mais “família”, geralmente vem pelas mesmas siglas RS, ST, SVT e SS de lá, mas nunca com a mesma pureza dessa filosofia.
Por essas e outras em conjunto com a paixão e conhecimento sobre tudo que pode-se fazer com um Ford o sócio-proprietário da Air Brush, Fernando Carvalho decidiu correr com as próprias pernas, para adequar seu Focus à realidade tuneira do lado de cima do globo. Apesar de o grande foco do carro ser o sistema de som, não se pode furtar da decência do conjunto.
Por fora, a Air Brush bebeu nas melhores fontes de estilo. Inspirado em um desenho concebido pela preparadora alemã Zenden, a empresa remodelou os pára-choques. As peças já deixaram o carro com aspecto esportivo 4 cm mais longo. Nas saias laterais entrou o gosto do dono e o know-how da Air-Brush na confecção da peça. O aerofólio ASD viajou desde a Espanha para o tuning brazuca.
O cuidado foi tanto que até as faixas longitudinais mantiveram o padrão de origem, desta vez americano. Foram milimetricamente colocadas de forma idêntica aos modelos vendidos na terra do Tio Sam de sigla STV. A lanterna traseira também tem procedência ianque. Todos os logos “RS” cruzaram o mundo para grudar no Ford, direto da Alemanha.
Outro que não passou incólume pela avalanche “tunning de gringo” foi o conjunto dinâmico motor + suspensão. No coração, um chip de potência NPC Performance conferiu 15% a mais de força no 2.0 16 v de 130 cv. Os cabos de vela e a capa do motor da Ford Racing americana e a barra de torção da Focus Tunning do Canadá completam o novo visu sob o capô. A suspensão foi rebaixada pela boas molas Cangoorun na dianteira e nem comprometeram a máxima da praticidade. Roda maciozinho!
Ao entrar no carro e pressionar o botão on/off do Clarion VRX 745 DV, percebe-se quem é a grande vedete da parada. A parceria entre Air Brush e Clarion como seringa e agulha, injetando ondas acústicas limpas nos tímpanos, tanto pela quantidade dos equipamentos quanto pela bela montagem.
Um canal central de 50W com 5 Falantes pequenos dão conta de distribuir com fluência toda a manifestação sonora, processadas pelo DVH 940 5.1.
Nas portas, o trampo fica a cargo do “estrangeiro” N.A.R. de kevlar. Nos pezinhos, mais Clarion com o kit duas vias de 200 W com de tweeter e crossover. Mais 1000 W de força estão no porta-malas, distribuidos em dois subwoofers SRW 1043 de 10″. Lá também estão os dois amplificadores de última geração APA 4320 com 640 WRMS cada, tudo capacitado pelo Swiss Audio de 15 farad.
Seja qual for a melodia, letra ou enredo, o som desliza pelo interior. “Ficou muito bom assim, mas ainda teremos surpresas até o Salão do Tuning de São Paulo, para este e outros carros”, revela Fernando.
A Air Brush não se esqueceu de que uma boa montagem tem de refletir-se em todos os componentes como cabos disjuntores e baterias. Nesse quesito, a empresa novamente se supera. Não vacila e na hora da carga escala uma musculosa bateria MRX. Na condução da força estão cabos RCA, Y e positivos Magnum.
Tudo pronto para o rolê, é só ligar o som e, se não fosse pelas porcarias de ruas que temos, seria como estar a bordo de um legítimo tunning europeu de qualquer grande preparadora.