“Soltando as amarras”

Revista FullPower – Ed.39

BMW M3 95 rende 367 cv com poucos componentes alterados: inclusão de chip, kit nitro, filtro de ar, escape e muita técnica no acerto.

Muitos entusiastas do BMW M3 desdenham as versões americanas construidas sobre aplataforma E36 ( 1992 a 1999). O modelo branco, ano 95, apresentado nessa matéria, é um bom exemplo de um M3 renegado por sua origem. A discriminação acontece em virtude da menor potência entre os motores gringos e os que são produzidos para “o resto do mundo”.
Acontece que as duras leis de emissão impostas no estado da Callifórnia (OBDII) obrigaram aos engenheiros da divisão M a adotar um motor menos potente – 243 cv contra 290 cv – no M3 para que o esportivo pudesse ser comercializado nos Estados Unidos.

A vantagem de um modelo “amarrado de fábrica” está justamente na facilidade de ganhar (ou restabelecer) potência. Assim, um M3 gringo tem, por exemplo, um filtro que restringe a passagem do ar. Trocá-lo por um filtro esportivo pode resultar em uma diferença de até 15 cavalos – você substutui o componente e se sente o melhor dos preparadores!
No caso específico do BMW branco dessa matéria, as modificações foram executadas com
cuidado e consumiu horas de testes no dinamômetro da oficina NPC Performance, de São Bernardo do Campo (SP). “Testamos alguns filtros de ar e vários programas. No final, o trabalho valeu a pena. Sem auxílio do nitro, extraímos 26 cv”, explica Fabio Reolon, um dos sócios da oficina.
“Como o carro usa nitro, não deu para explorar muito o avanço no ponto de ignição acima das 3.000 rpm. Em um M3 sem gás, os ganhos proporcionais seriam maiores”, completa.

O tiro de nitro libera 80 cv nas rodas aro 17″ herdadas de um M3 mais atual (chassi E46). Um par de cilindros armazena o gás letal e a pressão na linha é monitorada por um manômetro. Uma manta de aquecimento mantém o conteúdo das “garrafas” na temperatura ideal para consumo. Com o aquecimento, o gás sai na pressão perfeita para garantir nitradas sem buracos ou falhas.


Ao acelerar o cupê – mesmo sem acionar a “hipervelocidade” à base de óxido nitroso – o rendimento do seis cilindros 3.0 impressiona, com mais torque disponível (ganho de 2 kgfm) e ânimo para trablhar em altas rotações (o limite de giro foi elevado para 7.500 rpm). Como a relação de câmbio da versão gringa é mais curta, os cavalos extras fizeram diferença significativa!
Para quem tem idéia do que um BMW com o emblema “M” estampado é capaz de fazer, o M3 americano se tornou uma ótima opção a um custo razoável, principalmente por estar apto a bater o valorizado irmão alemão.

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