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“Auto Esporte”

Revista Auto Esport – Ed. 467

Discreto ele é, mas esse modelo turbo explora o requinte dos cromados e uma preparação refinada do motor que gera 205 cv de potência.

Nada de lâmpadas de néon e detalhes coloridos espalhados pelo carro. O que mais chama a atenção nesta Parati 1.0 16V 2003 Turbo é a sobriedade. A perua, que lembra o estilo Dub, cujas principais característicassão itens cromados e aparência discreta, pertence ao preparador de motores Fábio Alexandre Reolon. É um dos cartões de visita da NPC Performance Power Chips, oficina especializada em remapeamento de chips de injeção eletrônica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Reolon, de 31 anos, revelou que teve que enfrentar uma fila de espera de três meses, até por fim pôr as mãos no carro. Segundo ele, logo que a Parati deixou a loja ela foi abastecida com apenas R$ 5 de gasolina, o suficiente para chegar ao local de emplacamento e depois seguir direto para oficina.

Lá, o carro foi convertido para álcool e, em seguida, para otimizar os ganhos de potência, o filtro original foi substituído por um modelo cônico feito de algodão, capaz de aumentar a captação de ar. As velas foram trocadas por outras com maior capacidade de dissipação de calor, e os bicos injetores receberam tratamento de eletroerosão para melhor vazão. O pacote conta com ainda com uma válvula para regular a pressão da turbina.

Toda essa parafernália elevou a potência de 112 cavalos para 155cv. O preparador acrescentou ainda um Kit de óxido nitroso NOS, que despeja mais 50cv no propulsor. Resultado: 205cv galopando sob o capô. Nada mal para uma perua 1.0. O conjunto também conta com embreagem de cerâmica – para suportar altas temperaturas – e freios redimensionados (discos maiores perfurados nas rodas dianteiras e sólidos nas traseiras ).

Para modificar o funcionamento do motor, o painel ganhou conta-giros com luz-espia (shift-light) e manômetro para medir a pressão da turbina.

Adepto declarado de acessórios cromados, Reolon equipou a perua com retrovisores, grade dianteira e pára-choques originais da série Crossover.

Para incrementar ainda mais o visual metálico, os vidros receberam duas camadas de película escurecedora. Não satisfeito, o preparador cromou as rodas TSW aro 17 polegadas e as pinças dos freios. O automóvel, aliás, tem 18 mil quilômetros rodados a já teve o jogo de rodas trocado cinco vezes. Os pneus são modelos Proxes T1 S 205/40 R17, da Toyo.

Essa prática vem crescendo aceleradamente no Brasil, impulsionada principalmente por jovens fanáticos por automóveis que adoram “voar” com seus carros potentes. Eles adotaram a gíria “tunar”, aportuguesando o “tuning” inglês, que significa afinar ou sintonizar.

O chip de potência fica na central de injeção eletrônica e controla o tempo de ignição das velas e a entrada de ar na mistura com o combustível. O chip original é retirado e devolvido ao proprietário. Um novo chip é gravado com parâmetros mais radicais de ignição e carburação. Um teste em tempo real é realizado e o módulo é lacrado e montado de volta ao local. “Tudo leva, em média, duas horas”, diz Reolon.

Outra prática comum é trocar o chip para tornar o motor bicombustível ou convertido a álcool. Mas nesses casos, só a alteração do chip não é suficiente. Outras peças são trocadas para não prejudicar o motor.
A questão tem causado controvérsia. De um lado, as lojas especializadas em chips de potência garantem que a troca não causa nenhum dano ao veículo e o ganho de potência chega até 40%.

Por dentro, o carro exibe volante Mono, bancos de couro e tapetes de alumínio. O entretenimento fica por conta de um DVD Alpine instalado no console. O aparelho está conectado a uma unidade central 8200R, ambos da Pioneer. O som é amplificado por dois módulos BOSS, de 1.600 W cada, instalados nas paredes laterais do porta-malas. Ao centro do bagageiro estão dois subwoofers Bomber de 12 polegadas, abrigados em duas dutadas. O que sobrou do espaço foi ocupado pela garrafa de nitro de 24 libras.

Para transformar a Parati, Reolon afirma ter desembolsado R$20 mil, R$ 8 mil a menos do que ele diz ter pago para tirá-la da concessionária, em dezembro de 2002.

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