
“Tuning cor-de-rosa”
Revista Tuning & Performance – Ed.22
A delicadeza do tuning feminino em carros invocados. |
A personalização chegou pra ficar. Jovens, adultos, casados, solteiros. É possível encontrar pessoas de qualquer profissão, classe social ou gênero entre os tuneiros. Sim, eu disse gênero. Afinal, o gosto por equipar e personalizar carros não é exclusivo dos homens. As mulheres tunam. E gostam tanto de seus carros quanto – ou mais – que homens.
Mais prudentes ao volante, elas geralmente preferem investir no visual do carango em vez de envenenar o motor, mas geralmente não significa sempre. Portanto, se você vir por ai um tuning cor-de-rosa, pense bem antes de chama-lo para umas aceleradas. Levar pau do sexo frágil no volante pode resultar em algumas visitas ao terapeuta. Mas deixemos isso pra lá, porque sem dúvida, o ponto alto do tuning delas – ou do nosso – é o visual. Às vezes, até exagerado para os padrões masculino, mas sempre com muita delicadeza, coerência e, só entre nós, muito charme.
Mas nem tudo são rosas entre as meninas do tuning. Além de usar suas máquinas para os afazeres diários, como trabalhar ou ir as compras, elas também participam de clubes e comunidades de tuning, e sempre estão pensando sobre as próximas modificações em seus carros.
Outra que se queixa do preconceito é Silvia Oliveira, dona de um Palio ELX 1.0 16V, ano 2001, e que se diz pioneira de tuning feminino no Brasil. Silvia é consultora de tuning na loja Fire Sound. “Fui a primeira mulher do Brasil a investir no mundo tuning. Quando o conceito de tuning nem existia, já tinha meu carro equipado”, explica. Aos 18 anos já dirigia uma Passat e antes do Palio teve um Kadett, que já era fuçado. Silvia sempre gostou de carros e fez curso de mecânica. “Desde a adolescência gosto de carros. Na minha turma de amigos, eu era a única mulher, então íamos à Stock Car e eu adorava”, lembra. A Tuning Girl, personagem que Silvia encarnou a partir de um desnho feito no motor de seu carro também teve problemas com a polícia, devido as alterações no carro. “Coloquei adesivos e adereços mais femininos e eles pegam mais leve”, diz.