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"Quem não pára de mexer " - Jornal do Carro Fim de Semana
Parte integrante do Jornal da Tarde
- Ed. 64 - Junho/2005.
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Quem não pára de mexer
Proprietário diz que não adianta dobrar os cavalos de potência do motor se o carro não vai conseguir parar.
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Armando Maestro explica que preparar um carro para ter mais desempenho não é
apenas mexer no motor, é preciso mudar toda a estrutura do veículo.
Sua Fiat Marea Weekend 2.0 20V é Turbo, mas ele ainda a 'envenenou'.
"Nasci no meio de carros importados, motores V8, automóveis preparados. Sempre gostei de máquinas potentes", conta o maestro, que tem no seu sobrenome a sua profissão. Armando Maestro, de 63 anos, diz que na década de 60, seu pai importava veículos e, muitas vezes, quando os guindastes os tiravam dos navios, os cabos de aço estouravam e alguns carros caíam no chão. "Desmontávamos tudo e preparávamos os motores para lanchas de competição, foi assim que fui pegando gosto pela coisa e nunca parei."
Mas Maestro explica que preparar um carro para ter mais desempenho não é apenas mexer no motor. É preciso mudar toda a estrutura do veículo. "Não adianta dobrar ou triplicar os cavalos de potência do motor se o carro não vai conseguir parar. É preciso colocar qualquer coisa que vá segurar seu novo 'foguete', caso precise."
Maestro é dono de uma Fiat Marea Weekend, ano 2002, com motor 2.0 20V Turbo, e ainda a "envenenou". "Coloquei 2 bar pressão, filtro de ar especial, escape dimensionado de 2,5 polegadas, pastilhas de competição, pneus 205/50 com rodas de 16 polegadas, suspensão com 25% a mais na pressão. Tenho uma supermáquina. Mas ainda é recomendável instalar pistões e bielas forjadas."
Para evitar problemas após a instalação, Maestro ensina que não se deve acelerar o carro após ligar, até que o motor esquente. Após andar ou dar umas esticadas, é preciso ficar um ou dois minutos com o carro ligado para depois desligar. "Faço sempre isso e nunca tive dor-de-cabeça. Esse é o meu carro do dia-a-dia, faço viagens com ele quase todos os fins de semana, quando rodo de 600 a 700 quilômetros", afirma.
Wesley Bianco, de 22 anos, tem uma Parati 1.8, ano 94, com 1,5 bar de pressão.
Ele conta que já gastou cerca de R$4.500 e pretende gastar mais uns R$10 mil em preparação.
O gerente de contas Wesley Bianco, de 22 anos, conta que há quatro anos possui carros turbinados. "Tenho uma Volkswagen Parati 1.8, ano 94, com 1.5 bar de pressão e ainda não sei direito qual é a sua velocidade final. Já gastei uns R$4.500 e pretendo investir mais uns R$10 mil." Bianco ainda garante que, originalmente, seu carro possuía 112 cv de potência e hoje está com 230 cv. "Algumas vezes o ponteiro do velocímetro bateu na trava. Eu acho que ele atingiu uns 240 km/h."
Resistência
Sidney Zucchini, engenheiro químico de 54 anos, diz que desde 1996 manda turbinar seus automóveis. Mas desde 1970, todos os seus veículos são preparados. "Meu carro é um Marea 2.0 20V Turbo, 2000. Eu o comprei por ter peças robustas e duráveis", explica.
Sydney Zucchini diz que desde 1996 manda turbinar seus automóveis. Mas, de 1970 pra cá,
todos os seus veículos vêm sendo preparados. Ele possui um Marea 2.0 20V Turbo 2000.
Zucchini fala que colocou 1.3 bar de pressão pelo prazer de ter um modelo bem mais forte, com mais potência. "Meu carro, por ser turbinado, de fábrica, tem mais resistência que outros. Não gosto de carro a álcool pela comodidade de não ter trabalho para ligar pela manhã. Sei que não é recomendável, mas uso gasolina premium e nunca tive nenhum problema." Segundo ele, seu Marea faz entre 7,5 e 8 quilômetros por litro.
Para não ter consumo de combustível excessivo e manter a durabilidade original do motor, Zucchini recomenda procurar oficinas especializadas que conheçam tanto a parte mecânica quanto a eletrônica, além de reduzir pela metade os intervalos entre as manutenções preventivas.
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