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Mídia

"Ganho Rápido" - Revista HOT - Ed. 65 - Junho/2007.

 


Ganho Rápido

Descubra como ganhar até 20 CV no seu motor, usando acertos finos dos carros de competição, trocando poucos componentes e o principal, gastando pouco!

Por Rodrigo Leite
Fotos Divulgação/Mario Villaescusa


As características de base do automobilismo brasileiro podem gerar receitas simples e eficientes de preparação.
Com regulamentos rígidos quanto à preparação dos motores, categorias como a Copa Clio, Turismo, dentre outras, fazem com que os preparadores destes carros extraiam potências significativas com acertos simples nas injeções e poucas trocas de peças dos carros. Para se ter uma idéia, em dois ou três dias, já é possível andar com um carro mais esperto e, dependendo do motor, sem trocar nenhum componente mecânico!
HOT consultou a NPC Performance e Sérgio Performance, que prepara motores das principais categorias base brasileiras de circuito e descobriu como aplicar, na rua, os ganhos e acertos de pista.”São alterações simples, rápidas e que não colocam em risco a integridade do motor”, conta Sérgio. Segundo o preparador, motores 1.0 podem até receber esse tipo de preparo, porém o ganho não compensa o serviço. Selecionamos oito motores, todos com injeção eletrônica multiponto, de oito montadoras, e revelamos para você o que dá para ganhar em cada um, sem mudar o combustível original, além do custo de cada preparação.



Volkswagen AP 1.6/1.8
O motor mais preparado do Brasil também tem sua receita de pista. Além do acerto do sistema de injeção, com um novo chip, é necessária a troca do comando original, por um modelo 27.7, que equipava o Gol TSi. Só essas alterações já garantem ganhos de 10 a 15 cv têm custo de cerca de R$ 800, já contando com a mão de obra e as peças. Caso queira mais upgrades, há a opção de trocar a polia por outra que permite regulagem e reenquadrar o comando esportivo, ganhando ainda mais cavalos.

Renault 1.6 16V
O motor que equipa diversos modelos da montadora francesa pode ganhar cerca de 15 cv sem trocar nenhum componente mecânico. AS alterações são simples: são feitos os reenquadradentos dos comandos originais e a troca do chip de injeção. Essa receita é a mesma usada na Copa Clio e já garante um desempenho melhor ao motor francês. Esse serviço tem custo de cerca de R$ 800, já contando toda a mão de obra.


Powertrain 1.8 (Fiat/GM)
A receita para o motor Powertrain exige troca de mais componentes, mas também garante bons resultados: ganha-se cerca de 15 cv trocando o comando original de 254º por outro de graduação 268º - que pede uma polia regulável, para o correto acerto -, e um chip específico para a nova receita. O custo é de cerca de R$ 980, já contando com todas as peças e serviços.


Chevrolet 1.4
O motor 1.4 que equipa o Celta, assim o Econoflex, usado pelo Prisma, também tem ganhos de cerca de 10 cavalos, trocando-se o comando original pelo comando usado no motor GM 1.6 MPFi e instalando um novo chip de injeção. A mudança pede também a troca da polia original por outra que permita regulagem, o que faz com que o custo da preparação seja de cerca de R$980, já contando peças e serviços.


Fiat 1.6 16V (Tork)
O motor importado que equipou duas gerações dos Fiat Palio e outros modelos da marca também têm sua receita: reenquadrando os comandos originais e trocando o chip de injeção original, consegue-se ganhos de cerca de 15 cv. O custo é de cerca de R$ 800 já considerando todos os serviços.

Ford 1.6 Rocam
O motor Ford também consegue ter ganhos de potência, porém seu custo de preparação é alto: só um comando, feito sob medida para o carro – já que não há modelos disponíveis no mercado – custa cerca de R$ 800. E o sistema de injeção, que não utiliza chip, pede modificações no módulo, com custo de cerca de R$ 800. Essa receita promove ganhos de cerca de 15 cv. Infelizmente ainda não há sistemas que possibilitem a recalibração dos módulos de carros como Fiesta e Ecosport 1.6 atuais. O que se encontra em preparadores específicos para injeção, como a NPC Performance, é a reprogramação dos módulos EEC V e EEC IV usados no Ka (1.0 e 1.6), Fiesta antigo e Courier, por meio de um adaptador instalado à central de injeção.

PSA 1.6 16V
O motor que equipa tanto modelos da Peugeot, como 206 e 307, e carros da Citroën, como o C3 e Picasso, consegue bons ganhos sem troca de componentes mecânicos. Só a substituição do chip por outro reprogramado garante de 8 a 10 cavalos. Reenquadrando os comandos originais, o ganho salta para cerca de 15 cv e o custo total fica em cerca de
R$ 800, já contando todas as peças e serviços.


COMO MELHORAR MAIS
Todas as receitas mostradas têm esse ganhos sem troca de escapamento ou filtro de ar. Segundo Sergio Pires, com a substituição do escamento e do filtro por componentes esportivos consegue-se melhorar ainda mais o desempenho. Porém, todo acerto do carro deve ser refeito: ”Não adianta fazer essa mudança inicial e depois acrescentar um escapamento ou outro componente esportivo. Há até o risco de piorar o desempenho, caso o carro não seja acertado”, explica. O melhor, caso já pense em upgrades, é fazer todas as modificações de uma vez só. Outra mudança que também garante bons resultados é o retrabalho do cabeçote, melhorando a eficiência da administração. O custo para modelos de oito válvulas começa nos R$ 650, enquanto os cabeçotes 16V começam nos R$ 750.

CUIDADOS
Esse tipo de preparação pede profissionais criteriosos e que conheçam bem preparação. Afinal, os ganhos apresentados baseiam-se em acertos finos, coisa que um chip de potência “genérico” ou um reenquadramento de comando sem equipamentos corretos não conseguem atingir. Ou seja, é um serviço de “mão-dupla”: o preparador mecânico e o reprogramador do chip deverão ter contato, caso o serviço não seja feito no mesmo local, para fazer um componente sob medida para a preparação desejada.

O REENQUADRAMENTO
O reenquadramento dos comandos de válvulas é uma medida que visa a melhor performance do motor, e em especial nos 16V, gera maiores ganhos por conta da maior possibilidade de ajustes, já que há um comando de válvulas para escape e outro para admissão. Na maioria destes multiválvulas, a admissão é adiantada, o que visa maior desempenho em baixos giros. Uma exceção é o caso do motor Renault 1.6 16V, no qual o comando de admissão foi atrasado em 4º, e o escape adiantando em 2º. Isso foi suficiente para ganhar 12 cv de potência. Sempre que se atrasa o comando de admissão da mistura, o de escape é adiantado para o motor descarregar rápido os gases de escape é adiantado para o motor descarregar rápido os gases de escape e não ficar ”bobo” em baixas rotações.
E sempre que se altera a posição dos comandos nos cabeçotes multiválvulas, o lobe center (distância entre os pontos máximos do came de admissão e de escape) também diminui, o que contribui para melhorar o torque em baixas rotações e ficar um pouco mais “nervoso”. O lobe alto faz o motor subir de giro com mais suavidade e atingir (com potência) uma rotação pouco maior que a original. De modo geral, e reenquadramento muda a tocada do carro, melhorando a potência em alta e piorando levemente o torque em baixa, ou mesmo o contrário. E, para não dar falta de combustível com esta alteração, é recomendável aumentar a pressão de combustível dos 2,8/3,0kg originais para 3,5kg máximos. Se for o caso de ter o dosador junto ao tanque de combustível – onde fica inviável de regulá-lo – só mesmo alterando o chip de injeção, o que pede mais alguns reais extras num preparador de injeção.


AGRADECIMENTOS
Sergio Performance: (11) 4426 – 1283
NPC Performance Chips: (11) 4367 - 1837

 

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