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Mídia

Sob controle - Revista FULLPOWER- Ed. 88 - 2009.

 


Full Power - capa

Sob controle

A injeção progrmável está revolucionando a preparação nacional. O equipamento oferece potência extra, dirigibilidade plena e confiabilidade total.

Texto Teco Caliendo
Fotos João Mantonvani / arquivo


FullPower 88

Desde que começaram a ser adotados, há alguns anos, os sistemas de injeção eletrônica programáveis conquistaram o mercado de preparação. Hoje, quebras de motor e tempos de pista diminuiram drasticamente e as potências sobem a cada nova ida ao dinamômetro.

O controle total sobre os parâmetros de injeção de combustível e ponto de ignição realmente fizeram a diferença. No começo, a maioria dos preparadores achava que seria difícil superar o rendimento dos carburadores e talvez apenas a dirigibilidade seria otimizada. Afinal, seus motores eram "afinados".

Porém, na mesma época, surgiu outro equipamento que abriu a mente desses profissionais: o monitor de mistura de banda larga. Depois dos "wide band", o que era um carburado com mistura "certa" tornou-se incrivelmente rico. E a correção dessa mistura, que poderia render algumas dezenas de cavalos em turbinados, por exemplo, tornava-se cada vez mais difícil e perigosa para os motores. "Primeiro, os preparadores aprenderam a monitorar o motor. Agora, com as injeções, enxergam as modificações de acerto em tempo real", explica o engenheiro eletrônico Roberto Hayashi, da fabricante HIS.

Como os módulos programáveis de injeção suplementar já faziam parte do cotidiano dos preparadores, o salto para as injeções completas foi menos traumático.

O investimento inicial era relativamente alto, porém os dividendos valiam a pena. Afinal, apesar dos injetores já estarem instaldos em muitos carros que usavam suplementares, era preciso trocar a pressurização, coletor de admissão, comprar um corpo de borboleta, diversos sensores... em pouco tempo, rendimento, confiabilidade e dirigibilidade atingiram outro nível, beeem superior.

A segunda fase de todo este aprendizado foi a necessidade de dar mais atenção ao sistema elétrico. Hoje, todo mundo calcula consumo de energia. Quer saber quanto um bico, bomba ou módulo consome e presta atenção em toda instalação elétrica.

 

FullPower 88
O investimento em componentes é mais alto, porém os resultados compensam. Preparados injetados rendem mais, têm dirigibilidade superior e quebram menos.


 

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No início, os módulos eram simples e controlavam apenas injeção de combustível.
Hoje, é possível empregar sistemas sofisticados que também regulam
a ignição, de diversos fabricantes nacionais.

 

Mas não pense que só porque você trabalha com um computador o dia todo está apto a programar uma injeção eletrônica. Como exemplifica o engenheiro José Guilherme Baeta, mestre em calibração da Fiat: "Não basta operar um PC para calibrar uma injeção, pois 99% do trabalho é conhecimento de mecânica".

Cuidado com outro pecado comum: simplesmente adquirir e instalar uma injeção programável não gera potência. Mesmo para um preparador experiente, a aquisição do sistema só representa garantia de muito trabalho pela frente.

Quem cita outro ponto constantemente negligenciado por amadores, o dimensionamento do hardware, é o engenheiro Anderson Dick, da FuelTech: "Saber dimensionar injetores e vazão necessária de bomba elétrica é imprescindível". Por sinal, a empresa de Anderson disponibiliza algumas tabelas para dimensionar os componentes. Para calcular o tamanho dos bicos necessários, com certo tipo de combustível, acesse fueltech.com.br.

E como definir qual injeção deve ser adquirida? "Claro que gostaria de recomendar sistemas mais modernos e sofisticados, como o PW6X, com ignição direta. Mas os EFIC, que comandam só a curva de alimentação, ainda são muito populares", explica Roberto "HIS".

 

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Ignição direta (com roda fônica e uma bobina por cilindro), correção por sonda lambda e visualização de dados em telas de PC já estão disponíveis nas injeções nacionais

 

Na Digipulse, fabricante do interior paulista, o fenômeno se repete. Seus sistemas de alimentação analógicos, regulados através de potenciômetros, continuam sendo um sucesso, mesmo depois da criação do módulo digital - este controla apenas curva de alimentação, baseado em mapa de duas dimensões por rotação.

Pandoo e FuelTech, fabricantes do interior paulista e do Rio Grande do Sul, respectivamente, desde o início de suas operações lançaram sistemas mais sofisticados, que controlam tempo de injeção e também curva de ignição.

Apesar da crença de que ponto traz quantidades exorbitantes de cavalos, o controle de ignição promove mais confiabilidade do que desempenho. "Comandando a ignição, dá para ver que 23º ou 40º podem render a mesma potência em determinado motor, por exemplo", conta o preparador Emerson "Gordo" Soares.

Claro que há diferença entre cada sistema. O RacePRO-1FI, da FuelTech, além de controlar os parâmetros de injeção e ignição, pode comandar a solenóide de nitro e booster por pulsação, acionar bomba em modo temporizado e variador de fase de comando de válvulas VTEC, por exemplo. Tem até controle de rotação por tempo, que funciona como um controle de tração!

 

FullPower 88
Para quem não está disposto a trocar o sistema original de seu carro, é possível operar com as injeções programáveis, controlando apenas alguns parâmetros. Outra opção é usar os módulos do tipo piggy back, que captam e alteram os sinais da injeção original.

 

Em seu controlador PW6X, a HIS disponibiliza interface para operar com visualização em PC. "Conforme o preparador vai ficando mais confiante na programação, quanto maior a quantidade de parâmetros que ele possa monitorar, melhor será a sua calibração. Por isso, a visualização em PC é tão desejável" , explica Roberto.

A FuelTech também desenvolve seu software para PC. "Contratamos um profissional de softwares de última geração para desenvolver nosso programa para PC. Até o final deste ano, ele estará disponível e será impactante, revolucionário", afirma Anderson.

Hoje, módulos integrados, do tipo piggy back, como o Sul-africano Unichip, que intervém na central original, são eficientes, porém têm uma enorme limitação: a programação é restrita a seus representantes e distribuidores.

Para o futuro, sistemas do tipo closed loop, com ajuste por sonda lambda, serão necessários para passar nos - cada vez mais exigentes - testes de emissões de poluentes.

Como as injeções estão cada vez mais integradas a outros sistemas do carro (painel de instrumentos, ar-condicionado, câmbio, etc.), os módulos programáveis do futuro operarão em conjunto com os sistemas originais. Será o sonho realizado de qualquer preparador.

 


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