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Mídia

Futuro Promissor - Revista FULLPOWER- Ed. 77 - Setembro/2008.

 


Futuro Promissor

Especialistas analisam o recém-lançado Gol G5, o líder de vendas há mais de duas décadas e que já pode ser radicalmente alterado com rodas, freios, kit turbo...

Texto Teco Calienda
Fotos Fábio Arantes


São 21 anos na liderança do mercado brasileiro, domínio massivo entre os preparados e mais uma penca de equipados com som potente e rodas grandes. Pois a nova geração do Gol deve manter esta tradição. Levamos o modelo a diversos especialistas para descobrir o que é possível fazer com o novo Gol e voltamos animados: já existe muita coisa boa para construir um VW hatch radical e é questão de (pouco) tempo até os componentes faltantes surgirem no mercado.

Não dá para negar, é impossível imaginar um carro modificado com rodas de fábrica. Como o G5 manteve a furação 4x100, a variedade de redondas disponíveis é enorme. As dimensões começam em 15’’e podem chegar até o aro 19’’, sem problemas!

“Talvez não seja a aplicação ideal para o carro, porém com poucas modificações nos pára-lamas e nas molas de suspensão, é possível montar as 20’’ neste carro”, comenta Alexandre Gardin Barros, da Flash Wheels, em São Paulo (SP).



Rodas 19”, kit turbo, injeção alterada...
O novo Gol já nasce pronto para ser modificado




Olho clínico: especialistas como Fernando Pereira, da Flash Wheels,
Thelly Leandrini, da Leandrini e Sérgio Albuquerque, da Impacto Suspensões,
analisaram o G5 minuciosamente.

“A Volks acertou”
Thelly Leandrini gostou da disposição do sistema de som, “pena não caber uma unidade 2 din”.


Saindo da Flash, fomos direto à Leandrini, que fica na mesma Rua (Augusta). Lá, Thelly Leandrini, um dos sócios da empresa, analisou o sistema de sonorização do novo carro. “A Volks acertou no Gol. O padrão de caixas de 6” na portas dianteiras e 5” nas traseiras foi mantido. Outra boa medida foi subir os tweeters para as colunas A, que melhoram o palco sonoro.” No caso do porta-malas, Thelly comentou que o G5 tem praticamente o mesmo espaço disponível das gerações anteriores, suficiente para montar caixas seladas eficientes. “Só é preciso prestar atenção no estepe, que continua alojado no assoalho do compartimento. Quem exagerar nas peças para os subs vão dificultar a remoção do pneu reserva”.

Sérgio Albuquerque, da paulistana Impacto Suspensões, se empolgou com o carro. A única crítica foi para as buchas de bandeja, muito macias. “O subchassi é bem reforçado e o layout de suspensão é similar ao dos outros VW, ou seja, sem problemas para se instalar molas mais curtas ou roscas. O que mais impressionou é a distribuição de peso, muito boa para um tração dianteira compacto. Entre o lado direito e esquerdo ele é praticamente zerado!”.

Performance é tudo!
Saindo do visual e entretenimento, fomos direto aos redutos de performance. A primeira parada foi na SPA Turbo. A equipe da fábrica de kits analisou o G5 e atestou: existem dois coletores para o modelo. O modelo com dutos curtos exige mínima intervenção no cofre do motor, porém limita a potência em torno dos 200cv. Para quem quiser extrair o máximo do motor EA 1.6, há a opção de um coletor de escape mais longo, com fluxo otimizado. “O kit é similar ao dos Polo e Fox 1.6. Só será preciso modificar a pressurização. Com um carro à disposição por três dias, produziremos um kit completo e exclusivo para o modelo”, explica Sérgio Barbosa, sócio da SPA.


NPC Performance, SPA e Turbo Anhanguera já tem opções de preparação para o novo Gol

Os fabricantes afirmam que com modificações mínimas no kit do Fox é possível montar G5



Turbinado Já!
Os fabricantes afirmam que com modificações mínimas no kit do Fox é possível montar G5

A equipe da Turbo Anhanguera vai mais além: “Se o preparador que for montar o carro avançar o radiador alguns centímetros, nosso kit turbo, destinados aos Fox, será instalado sem problemas. É questão de boa vontade e uma pequena dose de adaptação”, explica Vagner Santini, gerente comercial da T/A que completa: “Basta estar com o novo Gol na T/A, que o kit sai em poucos dias, pronto para ser montado sem nenhuma adaptação radical”.

Se para turbinar o VW é relativamente simples, o mesmo não pode ser dito em uma preparação aspirada. João Eduardo de Paula, o “Boy”, da Paula Faria Cabeçotes especiais explica: “As fábricas têm feito ‘a lição de casa’. O motor EA-11 só evoluiu desde seu lançamento. O volume dos dutos, por exemplo, é similar ao de um AP 2000, porém as hastes de válvulas são mais finas e os ângulos de dutos são suaves. Resultado: fluxo superior. Com retrabalho dá para ganhar rendimento, porém vai ser difícil chegar nos mesmos resultados gerados em um Ap. Os EA-11 já nasceram melhores”.

Fábio Reolon, da NPC Performance do ABC paulista, concorda. “Esta injeção já e uma evolução dos EA-11 anteriores, é a Bosch 7530. Por enquanto não temos acesso ao programa. Claro que é questão de tempo, mas se alguém quiser modificar um G5 agora, a única solução será o módulo piggyback (que intervém no sinal da injeção original) Unichip. Com ele, dá para ganhar uns 5 cv”.


Pilotos de quatro categorias de arrancada avaliam o carro. Boy, da Paula Faria, gostou do cabeçote do EA-111. Para quem quiser usar pressão alta, o coletor deve ser trocado.



Comportamento aprovado
Na opinião dos pilotos, o carro tem grande potencial. O desafio será desenvolver a mecânica

Na pista
Se o Gol promete manter sua popularidade na rua, o que dizer nas pistas de arrancada, onde as versões anteriores dominam quase que totalmente as categorias de tração dianteira? Levamos o carro ao ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em Piracicaba (SP), em um dia de prova, para ouvir a opinião dos pilotos.
Sérgio “Sapinho” Canga, Edvan Menezes, Márcio Evangelista e Fernando Santana, que aceleram na Força Livre, Turbo A, Turbo B e Street aspirado, respectivamente, só fizeram elogios ao carro. “A posição de pilotagem é melhor. Na minha opinião, o ponto fraco das gerações anteriores é a mecânica logitudinal. O posicionamento do powertrain transversalmente permite que se abaixe o centro de gravidade. Achei perfeito, vou montar um”, empolgou-se Sapinho.
Márcio concorda: “O carro é ótimo de ser pilotado, além de muito bonito, claro. Quero montar um ‘B’ para desenvolver o propulsor EA e a suspensão do G5. Acho que esta é a hora de evoluir”.
Fernando, que trabalha como piloto de testes da VW, já testou o carro por dezenas de milhares de quilômetros e atesta: “O novo Gol é dinamicamente superior em todos os quesitos, se comparado à geração anterior. Espero que os pilotos se animem em desenvolver um carro completamente novo. Acredito que em pouco tempo ele renderá mais que os antigos”.

Se depender de torcida e entusiasmo entre pilotos, preparadores e instaladores, o futuro dos G5 modificados será brilhante. O hatch da VW nasceu com pinta de campeão e deve manter sua popularidade perpetuando a espécie.


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