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Mídia

"Vale o quanto rende" - Revista Full Power - Ed. 53 - Setembro/2006.

 


Vale o quanto rende

Os principais preparadores brasileiros indicam os melhores componentes para você investir seu dinheiro

Por Teco Caliendo
Fotos João Mantovani


Nós, da FullPower, assumimos: somos os responsáveis por pirar teu cabeção e lhe tornar uma pessoa que, agora, só pensa em carro preparado. Força de sobra, ronco animal, desempenho para, eventualmente, dominar uma pista de arrancada ou aquele track day, atualmente são a "razão de seu viver".

Seu carro já está revisado, com pneus, suspensão e freios zerados. Você economizou uma grana, sabe até em qual preparadora deixará o futuro master-bólido-mega-power. Mas surge a dúvida eterna: por onde começar? Qual equipo comprar primeiro? Turbo ou aspirado? Que combustível usar, álcool ou gasolina?

Todo mundo quer o "mais por menos", mas será que é preciso montar componentes forjados em um aspiradinho com 20 cv extras? Ou extrair 500 cv de um motor só com um kit turbo básico e ainda fazer 12km/l de metanol na cidade?


Campeões de audiência
A preparação de motores acompanha de perto a evolução da indústria automobilística nos acessórios empregados. O que gerava dúvidas quanto à real eficiência, ou não era considerado como componente imprenscindível de performance há alguns anos, hoje virou item quase indispensável. Entre as dezenas de profissionais do ramo entrevistados, foi unanimidade que o "Big Bang" - o começo de tudo para se entrar no mundo da potência extra - está nos sistemas de admissão de ar mais livres e frios (01) e nos conjuntos de escapes especiais com abafadores sem restrição (02) e coletores tubulares dimensionados (03). As programações de injeção e os populares (04) também estão entre os hits da performance. Há uma forte tendência para aliviar volante e conjunto de embreagem (05), principalmente nos motores mais modernos. O fato tem explicação simples: os componentes originais estão mais pesados, pois dão uma sensação de torque extra em baixas rotações. Outras peças bem cotadas foram as polias de motor com rotação alterada (06). Elas diminuem perdas por arrasto, provocadas por componentes periféricos, como direções assistidas ou ar-condicionado, acessórios muito comuns nos originais modernos.

Pois fomos conversar com alguns dos mais conceituados preparadores do país para saber onde investir primeiro. Afinal, eles são "Os caras" que devem ser ouvidos.

Começamos o dossiê "novatinho em veneno". Na opinião de Fábio Reolon, da NPC Performance, de São Bernardo do Campo (SP), a programação é o primeiro degrau da busca por potência: "Um chip bem-feito é imbatível na relação custo/benefício. Por R$630, você leva um Gol 1000 Turbo ao paraíso. Salta dos 112 cv para 155 cv. São 43 cv extras, R$14,65 por cavalo ganho. O Marea Turbo é outro bom exemplo: por R$1450 são 88 cv a mais - R$16,47. Temos um combustível maravilhoso na bomba, que é o álcool. Ele tem um enorme poder antidetonante. Dá para explorar incrivelmente as curvas de ignição e, no caso dos turbinados, de pressão".

O preparador curitibano Vilmar lembra de um detalhezinho imprenscíndivel: quem vai alterar seu carro? "Equipamento sofisticado e componentes caros não fazem um motor render sem um profissional qualificado. O preparador consciente, experiente e com ferramentas adequadas é fundamental para um projeto de performance bem-sucedido", recomenda.

Eduardo Keller dá outra boa dica: a escolha do carro. "Para alguns modelos, não há muita oferta de equipamentos e você terá de pagar por um desenvolvimento exclusivo. Se quiser levar o máximo de rendimento com custo baixo, opte por carros mais populares".

Depois de conversar com esse pessoal fica uma certeza: preparar um carro hoje é fácil. Os profissionais evoluíram e se especializaram. Acompanharam as mudanças da indústria automobilística, estão mais conscientes das necessidades e compromissos de um carro de rua. Nunca foi tão fácil ter um preparado! Pode montar o seu!


Preparador moderno: dedicação, equipamentos de ponta e muito estudo


Turbinados originais de fábrica tem uma incrível relação custo/benefício.
Fábio Reolon, da NPC Performance, dá a letra: "1 cv custa entre R$14 e R$16"

Se há alguns anos bastava ser um mecâncio criativo e "com gosto pela coisa" ou ter experiência em competições para se tornar preparador de carros de rua, hoje é bem diferente! É preciso saber muito de tudo. Raramente uma alteração de pista funciona bem na rua, afinal, dirigibilidade em baixas rotações, consumo ou emissões não fazem parte de uma competição. Um curso e experiência em mecânica de originais são só o começo de uma profissão que exige dedicação e muito investimento em equipamentos. "Estou nesse negócio há mais de 20 anos. Antigamente, se você tivesse um quadro de ferramentas completo, um torquímetro e algumas brocas para abrir glacês, já estava equipado. Agora, o investimento é pesado! Monitores de mistura de banda larga, escâneres de injeção para uma variedade absurda de sistemas, dinâmometros... Não é fácil ficar atualizado", conta Bruno. "Você tem de se adaptar a, pelo menos, uma mudança radical a cada ano. Sistemas de injeção evoluídos, componentes de performance mais eficientes, motores mais sensíveis a alterações... Não há intervalo nos estudos! Você está sempre pesquisando", explica outro veterano no mercado, o paranense Vilmar.


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