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"Preparação
eficiente" - Revista Full Power - Ed. 17 - Setembro/2003
Marea Weekend
2.4: potência elevada em 73%, torque em 90%.
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Preparação eficiente
Marea
aspirada recebe veneno à base de escape, chip
e kit nitro com 80 cv.
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Nada
de uooootchiiiii, aquele maravilhoso som característico dos
carros turbinados. Mas reconheço que assistir a esse Marea
Weekend 2.4 esticando as marchas também é um grande
barato. O ronco emitido pelo escape é grave, encorpado -
eu até arriscaria dizer que é discreto, "pero
no mucho". Afinal, quem é que não curte dar uma
acelerada mais forte e perceber que a galera na calçada ficou
com o pescoço torto e esticado só para conferir o
maluco e sua caranga sumindo láááááá
na frente, não é mesmo?
Mas dê uma olhada mais atenta aos
detalhes da station e responda: é preciso roncar alto para
chamar a atenção com um carro assim? A equipe da loja
Flash (SP) botou para ferver no tuning... Vamos lá: o capô
é de Marea Turbo, com aberturas para saída do ar quente
do cofre do motor, os faróis, com angel eyes e xenônio,
mais parecem os olhos de uma fera prestes a dar o bote, o pára
choque frontal é "abertaço", as rodas são
originais da Fiat, importadas da Itália...
Um dos sócios da Flash, Alexandre
Gardin Barros (conhecido como Ale entre os cliente e amigos), afirma:
"Duvido encontrar um Marea com um pára choque igual.
Esse é personalizado mesmo". A explicação:
a peça base é vendida pela Personal Parts, mas aí
entra em ação a criatividade dos fibreiros da Flash,
que dão um talento extra à peça. "Fazemos
novas aberturas, externamos curvaturas, tudo em fibra de vidro,
deixando o pára choque exatamente ao gosto do cliente",
afirma Alê.
Bancos concha da MOMO, revestidos de veludo, acompanham o
cinza do couro nos bancos traseiros, onde fica o cilindro
do Nitro.
Faróis
com xenônio e angel eyes, rodas italianas e pára-choques
personalizados: Quem disse que SW é carro de família?
A
Flash ainda ficou incumbida da missão de importar as rodas, envernizar
as barras longitudinais do bagageiro de teto, revestir bancos e
forração de portas com forro e, principalmente de dar aquela tunada
no interior da SW.
Entre na caranga e confira com seus próprios
olhos, aliás, com seus ouvidos. A sonzeira é animal.
O radio original foi substituído por um Pioneer, modelo 7490,
com tela de cristal líquido motorizada e alto falante para
criação de canal central - instalado sobre a saída
de ventilação no alto do painel. Dois kits de duas
vias (Profile) dão conta da reprodução das
freqüências altas e médias (instrumentos de corda,
metal e voz). Na dianteira, o kit foi dividido da seguinte forma:
midbass nas portas e tweeter nas colunas. Na traseira, o acabamento
das colunas agrupa os falante do segundo kit.
Canal
central aumenta o envolvimento sonoro. Manômetro do
nitro na coluna e manopla Momo auxiliam a pilotagem.
O
compartimento de bagagem arregaça! São dois subwoofers
de 10", da Kenwood, bombando forte dentro de uma grande caixa
selada. Entre os subs há uma disqueteira de CD e espaço
para DVD - que estava na revisão no dia em que as fotos para
a matéria foram feitas. Nas laterais, dois amplificadores
Profile se encarregam de nitrar o som.
Os pneus (Yokohama 215/45 R17") colam
a perua no chão, mesmo nas curvas controladas com maior velocidade.
A outra parte da excelente estabilidade é o mérito
do conjunto de olas Elibash, importadas, que diminuem a altura em
relação ao solo sem comprometer a relação
de segurança/conforto.
Kit
de voz de duas vias na coluna traseira, disqueteira, amplificadores,
sobwoofers, nitro: será que o cara curte "a coisa"?
A
caranga pertence a um empresário paulista, que preferiu não
ser identificado. Quem levou o carro até a Dynojet para a
medição no dino foi o preparador Marcos Eli,
da NPC Performance, oficina de São Bernardo do
Campo (SP), responsável pelo "envenenamento" da
máquina. "O maior desafio foi conciliar os 80 cv de
nitro com o coletor de admissão de plástico, tinha
receio de que o choque térmico (nas nitradas) trincasse o
coletor", reconhece Marcos. "Até consultei
um técnico especialista em plásticos", relembra.
"Para piorar, a peça é dividida em duas partes,
presas por travas", completa.
O
veneno mostrou-se altamente eficaz: no Dino, a SW nitrada despejou
219 cv de potência a 31,9 kgfm de torque nas rodas (227 cv
e 39,9 kgfm no motor, respectivamente)!
Na calculadora, foram R$ 4.000
de preparação, sendo: kit nitro da NOS (R$2.500),
escape Giba de 2,5" (R$500),
filtro K&N (R$350), remapeamento
de chip (R$650).
Sumir na frente de um outro Marea 2.4? Não tem
preço!
Esse foi o calcanhar de Aquiles da NPC Performance:
coletor de plástico poderia trincar nas nitradas mais violentas.
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Esses inofensivos botõezinhos chicoteiam
os 80 cavalos do nitro: o coice é forte.
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No detalhe, o fogger das linhas de nitro
(azul) e de gasolina (vermelho).
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Remapear
um chip exige cautela e, principalmente, muito conhecimento técnico
por parte do preparador. E tem mais, se a oficina não tiver
a disposição um equipamento com tecnologia de ponta,
o cérebro do seu carro (a centralina) pode correr um sério
risco de ficar inutilizado.
A Eprom (ou chip) de alguns automóveis,
como é o caso do Marea 2.4, tem características peculiares
antiviolação. Para alterar os parâmetros de
funcionamento da injeção desse carro, por exemplo,
a NPC Performance utiliza o sistema KESS, importado para o Brasil
pela empresa Prado Power Chips. Essa tecnologia libera o acesso
à central eletrônica do veículo para que o preparador
- munido de um computador portátil - altere os parâmetros
necessários para otimizar o desempenho do motor.
Parece fácil, mas não é...
Teste realizado em dinamômetro Dynojet
Motor: Cinco
cilindros em linha, 2.4 4 válvulas/cilindro, DOHC
Alimentação: Injeção
eletrônica multiponto, gasolina
Potência: 227 cv a 5.500
rpm
Torque: 39,9 kgfm a 4.600
rpm
Transmissão: Manual, cinco
marchas, tração dianteira
Freios: Dianteira: discos
ventilados / Traseira: discos sólidos
Pneus: 215/45 R17"
Rodas: Aro 17", liga
leve |
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