Maturidade. A palavra representa o investimento feito neste Subaru Impreza WRX 2011, projetado desde o começo para ser um carro completo, bem montado e com investimento periódico. O empresário Fabiano de Souza, de São Bernardo do Campo (SP), é fã de carros modificados, novos e antigos. Ele já teve Peugeot 206 turbo bem sonorizado e agora usa diariamente este WRX, pois seus muscles Ford Mustang Hard Top 1968 e Chevrolet Camaro RS 1967 saem da garagem apenas de vez em quando.
No dia-a-dia o carro é diversão pura, apesar do pedal da embreagem pesado e de curso curto ser cansativo. Os bancos dianteiros são semiconcha e vestem os que estão ao volante ou ao seu lado. A alavanca do câmbio de seis marchas é da Sparco, mais alta que a de fábrica, melhorando a posição da tocada. O volante original tem revestimento em couro e um shift-light que acende a cada vez que o conta-giros chega às 6.400 rpm. Mesmo com o corte eletrônico, é bom ter esse alerta para a troca.
Os 270 cv originais sumiram nos primeiros dias em que o carro chegou às mãos de Souza: "Fui para a NPC Performance, remapearam a eletrônica, enfiaram um filtro de ar esportivo e o escape ficou mais livre. Além disso, instalaram o sistema Sprint Booster, que interfere no pedal do acelerador e adianta a curva de força do torcudo motor boxer, de 2,5 litros".
As marchas têm relações curtíssimas e a primeira acaba rapidamente, assim como a segunda. As quatro rodas de 20 polegadas, grandes e pesadas, nem parecem interferir na performance do carro. Em poucos metros, sem uma lixada sequer ou marcas de borracha no chão, o velocímetro está perto de 200 km/h, querendo chegar aos 260 km/h no fim da escala do instrumento. Segundo Fabio Reolon, da NPC Performance, são cerca de 60 cv extra na preparação e mais 12 kgfm de torque. Sem falar nos 60 cv de óxido nitroso, que numa conta rápida aponta 390 cv nas modificações do WRX.
SEGURANÇA
Para se garantir com o desempenho, Souza acionou Ricardo Rodrigues, da Sigma Sport Car, para instalar as pinças de freio feitas em Santo André (SP). "São componentes com oito pistões para a dianteira e seis para a traseira", diz Rodrigues, piloto com décadas de automobilismo. "Fechamos o pacote com discos de 15 e 14 polegadas, na frente e atrás, além de pastilhas de composto bem macio. O bom da adaptação é o aumento de eficiência, sem perder funcionamento do ABS, por exemplo".
Os discos são os brasileiros Fremax, utilizados na Stock Car, ventilados e perfurados. Dá para ir para um track day ou acelerar forte nas pistas que o sistema não reclama.
E, caso o carro ainda tenha algum problema, há facilitadores na hora de rebocar: ganchos na frente e atrás, também da Sigma. "Qualquer problema com o carro, fica fácil de puxá-lo de uma caixa de brita ou para subir em uma plataforma", completa Rodrigues sobre os componentes. Força e segurança andam juntas.