Segundo Wagner Cansani, dono da instaladora Wagcar, de Osasco(SP), "não é todo dia que se mexe em um Dodge Challenger. Jáfiz uma infinidade de Chevrolet Camaro, por exemplo, mas desse muscle é o primeiro".
O referido carro é nada menos do que um Challenger SRT8 com motor Hemi6.1 V8 (com preparação da NPC Performance, que você confere no final da matéria). E, sabe por que seu dono o adquiriu? "Apenas para ficar à frente de seus amigos, que possuem Camaro", conta Wagner, acrescentando que o cara ainda tem outras insanidades na garagem, como Porsche Cayenne Turbo e Lamborghini Gallardo.
Bala na agulha o dono do Dodge já possui. Resta saber se ele tem bom gosto na hora de equipar/personalizar as carangas. Uma olhada rápida nos "sapatos" do muscle e... Sim, definitivamente ele tem!
As respectivas redondas são da americana Vellano, modelo VSK, na singela medida de 24". Forjado, o jogo recebeu uma pintura especial para combinar com o restante do Challenger.
E essa também foi a base para o sistema de som, indicada por Wagner. "Além de muita qualidade, os equipamentos possuem visual agressivo, à altura do Dodge. Quando expliquei isso, o dono do carro gostou da ideia e aprovou o investimento", conta.
No conjunto, vale destacar o kit duas vias dianteiro de 8,2", encaixado no vão original sem problemas. "Criamos apenas um bafer de MDF e posicionamos os falantes", simplifica o instalador, impressionado com o diâmetro de encaixe original. Além do arco de madeira, as portas receberam tratamento com Dynamat, material próprio para revestimento acústico - também presente em diversas partes do porta-malas, como tampa e assoalho.
Enquanto o kit dianteiro fala alto nas portas, uma dupla de coaxiais toca igualmente sobre o tampão, fechando o conjunto estéreo. "Adotei esses dois últimos para aperfeiçoar o envolvimento no interior. Todos os falantes são de alto nível e, sem dúvida, fazem a diferença", diz Wagner. Basta sentar no confortável banco de couro para tirar a prova: o audio é extremamente limpo e bem definido, mérito, também, dos cabos, top de linha, da famosa Monster Cable.
Tal cabeamento corre para o compartimento de bagagens, onde a sonzeira fica muito mais interessante... Começando pela caixa de subwoofers de 10", construída com acrílico e MDF. "A parte aparente do porta-malas, na verdade, é o fundo da peça, confeccionado com acrílico de 18 milimetros. Já a frente, com os subs voltados para o encosto do banco traseiro, é de madeira de 30 mm", explica o instalador.
Antes de lacrar a caixa, Wagner teve uma brilhante ideia: personalizar o interior da peça com pintura automotiva e LEDs de alto brilho. "Além de combinar com o aspecto dos módulos, a caixa remete à cor original do interior e à pintura das rodas", garante o "instalador-designer".
Tá, mas como acessar o estepe? "Esse carro não possui pneu reserva, mas sim um compressor de ar elétrico, que foi reposicionado sob o encosto do banco traseiro", esclarece Wagner.
Amplificadores, como mostrado na página ao lado, estão nas extremidades do compartimento de bagagens, protegidas por tampas acrílicas de 12 mm. O ampli mono, no caso tem um canal de 1.200 W RMS(a 1 Ohm) dividido aos subs. Já o estéreo entrega 145 W RMS a cada canto do interior - ligado a 2 Ohms.
No dia do ensaio, um CD da britânica Adele "explodia" no player original, desbloqueado por uma interface CrossWire. A mídia gravada em show ao vivo, mostrou bem o poderio do conjunto. Independente da altura do volume, estéreo e mono tocam forte, sem qulaquer distorção. Mérito, também, do trio de megacapacitores, posicionado ao centro do porta-malas. Segundo Wagner, "a queda de energia é um dos piores vilões da qualidade sonora. Caiu o sinal, a distorção aparece. Sabendo diso, ligamos três equipamentos de 1.0 farad cada para armazenar corrente e liberar nos momentos de pico".
Beleza, qualidade e potência: agora, o muscle dispõe desses três atributos, tanto no sistema de som, como no coração do V8. Afinal, antes do investimento sonoro, seu dono o estacionou na preparadora NPC Performance, de São Bernardo do Campo (SP), para rever a performance do Hemi 6.1. Lá, Fabio Reolon se incumbiu de intervir na injeção e arrancar alguns cavalos extras. Na reprogramação, ele alterou mapas de ignição, combustível, torque, limitadores, velocidade de resposta do acelerador... E subiu a potência original de 396 cavalos (medidas no dino) para 451 cv! O torque agora é brutal: de 58 para 63 kgmf! Digite no youtube "Dodge Challenger NPC Performance" e veja essa belezinha (ainda com as rodas originais) acelerando no dinâmometro acima dos 280 km/h!
Lamborghini Gallardo, Porsche Turbo, Dodge Challenger super-sonorizado e repleto de potência mecânica... O que mais será que esse cara quer?