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Gol Turbo - Revista FULLPOWER - 2010
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Mais emoção
Kit Turbo e injeção original modernizada faz I-Motion perder a impressão de ter câmbio ruim
para ser tornar um verdadeiro esportivo.
Texto e Fotos: João Mantonvani
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Quando apresentados como solução de câmbio automático mais barato, muito se reclamou dos I-Motion da VW, Easytronic da Chevrolet, ou mesmo do Dualogic, da Fiat. A sensação de andar no automtizado é, no mínmo, estranha. Não por causa das trocas de marcha, mas pelo corte da aceleração que acontece antes da troca e parece vir sempre de surpresa. Usar o câmbio em modo manual, pelas borboletas atrás do volante ou mesmo pela alavanca de câmbio resolve boa parte do problema, já que é o piloto quem decide o momento ideal para as trocas. No caso deste G5, soluções eletrônicas e um kit turbo deixam a tocada bem divertida e esportiva - e ainda atende às normas de emissões.
O sistema de automatização não é novidade. Já existia na Ferrari F-1 desde 1986 e consiste na utilização do câmbio e embreagem originais, com sistema hidráulico que dispensa o pedal da embreagem e a alavanca de câmbio tradicional. No caso dos nacionais, é uma solução mais bartata que o automático, para dar conforto no trânsito das grandes cidades. Esse Gol 2010 é do preparador Fábio Reolon, da NPC Performance, de São Bernardo do Campo (SP). Um daqueles fanáticos por VW que compra os carros da marca para experimentar novas preparações. Fábio estudou e descobriu que o sistema é bem completo, já que tem sensores de temperatura e desgaste na embreagem, por exemplo, mas é bem robusto e confiável. Por isso, instalou um turbo Biaggio (caixa quente .63 e fria .48) com 0,6 kg de pressão para o motor, que rende agora 196 cv - contra 103 cv originais.
Mesmo não sendo o primeiro Gol G5 turbinado da oficina (FULLPOWER 78), a ansiedade existia para saber como o sistema automatizado se comportaria com o aumento de potência e torque. O primeiro turbo era menor do que o atual, o que ddeixou o carro muito arisco e foi trocado. Com a caixa quente .63, o resultado agradou. Durante a fase aspirada, foi testado o funcionamento do câmbio, que reduzia as marchas bruscamente dependendo da rotação e marcha utilizadfa. Cada vez que pressionado rápido o acelerador, a resposta era muito bruta do motor e câmbio (chegava a cair de 5a. a 3.800 rpm para 3a. a 6.000 rpm) e castigava a embreagem original - imaginem turbinado. Isso porque existe o kick-down, que reduz a marcha quando dse aciona o pedal do acelerado até o fim de curso. Como sempre, Fábio conta os detalhes da preparação, mas guarda um ou outro segredo na cartola. "No módulo de injeção, que controla tudo, mesmo depois de turbinado, desativei o kick-down (só para o modo manual), e as reduções de marcha são feitas apenas nas borboletas agora", explica.
O resultado é surpreendente, acredite! Imagine ter praticamente a potência de um New Civic Si, porém em um Golzinho, e mudar as marchas nas borboletas atrás do volante?! As trocas parecem bem mais rápidas. Talvez porque tudo está mais acelerado. O giro sobe, mas os pneus estão sempre tracionando. Um toque na borboleta mata a aceleração e se ouve um espirro do turbo, abafado pelo longo cano do filtro de ar, antes da marcha seguinte engatar. "Um amigo dentro da VW garante que é impossível trocar de marcha mais rápido manualmente do que no automatizado", conta Fábio. Também divertido e bastante útil na redução, o sistema manda ver um belo punta-taco automático, já que acelera o motor até a rotação ideial da marcha mais baixa. Garantia de equilíbrio em entradas de curvas.
De quebra, já que deve estar em dia com o controle de emissões, Fábio utiliza um sistema de duas sondas que foi lançado apenas no modelo mais recente do Gol, o 2011. Uma delas fica antes, outra depois do catalisador, e trabalham com o acento do turbinado para melhorar ainda mais o nível da poluição do motor, que roda hoje 100% no etanol. Todo o trabalho é realizado em torno de 25 dias e custa em média R$ 8.500, sem trocar o coletor de admissão original, de plástico que, segundo o preparador, aguenta bem essa pressão. Fotografamos e filmamos. Se mesmo assim não acredita, visite a oficina e saia para um test-drive. Aí, sim, você será surpreendido!
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