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"Mais Rápido, Mais Seguro" - Revista Autoview
- Ed. 1 - 2003
provando que é possível adicionar potência a
um carro blindado
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MAIS RÁPIDO
,MAIS SEGURO
Embora a maioria das fábricas torça
o nariz para o assunto, é possível, sim, adicionar
maior potência a um carro blindado.
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A
PEÇA CHAVE
A central eletrônica
é o cérebro do carro. É por meio dela que todos
os sistemas de veículo se ajustam, são controlados
e fazem funcionar da injeção eletrônica ao acionamento
dos vidros elétricos, por exemplo. No campo mecânico,
a central regula constantemente (e automaticamente) o motor, conforme
a altitude em que o automóvel está, a octanagem do
combustível usado e até mesmo a maneira como o condutor
dirige.
..........Valendo-se dessas informações, o carro "sabe"
a quantidade de gasolina que deve adicionar ao ar do motor, gerando
a mistura ar/combustível ideal, e o tempo necessário
para se produzir a centelha da ignição. Assim, o sistema
controla como o veículo vai se comportar, garantindo uma
condução sem trancos ou falhas. Quando se faz a reprogramação
do chip da injeção eletrônica, ele alimenta
a central eletrônica com novas informações para
o automóvel. Dessa forma, ele passa a exercer todas as funções
que comentamos acima e trabalha focado para um maior ganho de potência.
....Mesmo com o uso de materiais modernos,
em geral mais resistentes e mais leves, é um fato a blindagem
deixar um carro mais pesado. Nos níveis de proteção
mais procurados são adicionados entre 90 e 130 quilos, em
média, ao veículo.
Em termos práticos, essa carga extra equivale a levar um
passageiro um pouco mais "fora de forma" ou a transportar
bagagem no porta-malas. Por isso, as empresas especializadas garantem
que a instalação desse sistema de segurança
não compromete as características originais de durabilidade
do veículo, tampouco sua potência. Mas, como o brasileiro
é um apaixonado nato por carros, há quem não
se dê por satisfeito e busque incrementar ainda mais seu blindado.
...........Mesmo porque um veículo que pode
ser ainda mais rápido, sem dúvida, leva vantagem em
um momento crítico, como o de uma abordagem por outro carro
em uma tentativa de seqüestro ou para uma fuga mais eficiente
no caso de um assalto. Com maior rapidez, há chances maiores
em termos de segurança.
Para esse motorista (e também para os modelos convencionais,
não-blindados), o mercado oferece duas interessantes opções:
turbinar o motor ou reprogramar sistema de injeção
eletrônica. A primeira alternativa já é bem
conhecida. Acrescido do turbo, o carro consegue um aumento de potência
que pode chegar a, no mínimo, 50% a mais do que a original
de fábrica. "Mas é evidente que esse percentual
varia conforme as características do modelo.", ressalta
José Ricardo Lucchesi, proprietário da Lucchesi Preparações.
O empresário defende que a melhor opção para
se obter potência extra num blindado é instalar o turbo.
"Para o motorista, o ganho de potência com o turbo é
maior, já que retrabalhar o chip da injeção
eletrônica agrega, no máximo, de 10% a 20% de potência,
levando-se em conta que também é preciso fazer algumas
alterações mecânicas", completa.
Turbinados
com eletrônica. Embora essa diferença possa parecer
gritante, o remapeamento da injeção funciona de maneira
bastante satisfatória. E tanto funciona que caiu nas graças
do consumidor. Eduardo Marchioreto, programador técnico da
ATW, explica que o trabalho é simples. Basta alterar as informações
de fábrica registradas na central eletrônica do veículo
quanto ao tempo de injeção e o ponto de ignição,
de forma que o motor receba combustível em menos tempo, apresentando
uma resposta mais rápida. Como resultado, o propulsor fica
mais potente. "Esse trabalho é feito com a substituição
do chip original por outro e, na hora que desejar, o cliente pode
reinstalar a peça antiga", diz Fabio Alexandre Reolon,
proprietário da NPC Performance, apontando uma vantagem para quem
quiser vender o carro com as características de fábrica.
Ele também afirma que, em modelos mais novos, como Fiat Marea
e Stilo 2.4 e Meriva e novo Astra da General Motors, por exemplo,
a reprogramação é feita no próprio componente
eletrônico do carro. "Apagamos a configuração
'oficial' e inserimos os dados. Mas, antes, fazemos o backup do
sistema anterior, resguardando sua 'memória' original",
assegura o empresário.
Vale destacar que motores turbinados
também podem ser submetidos à transformação.
"Em um automóvel com turbo, o chip altera a pressão
da turbina, aumentando a aspiração de ar e, conseqüentemente,
a potência", explica Rodnei Ribeiro Matosinhos, proprietário
da Matos Car. Se a modificação do chip em um modelo
aspirado envia mais gasolina para um motor, otimizando a mistura
ar/combustível, nada mais natural do que trabalhar também
a entrada de ar. |
Esse motor recebeu duto do turbo (1) e outra mangueira
de combustível (3) para completar a alimentação
feita pela peça original (2).
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.....Assim, as oficinas especializadas em preparação
também sugerem a troca do filtro de ar por um modelo esportivo,
que tem cerca de 95% de vazão do fluxo de ar, contra uma
média de 60% da peça de fábrica. José
Ricardo Lucchesi vai mais longe ainda e aconselha tratamento VIP
para o automóvel. "Para haver um ganho real de potência,
sugiro uma otimização do cabeçote, o aumento
do diâmetro da borboleta da injeção eletrônica
e a troca do comando de válvulas em função
da nova pressão do óleo do motor, já que os
comandos atuais são auto-reguláveis",enfatiza.
Nesse caso, o carro pode receber tratamento nos três componentes
ou em apenas um deles. "Tudo depende das expectativas do cliente
em relação à preparação. Por
isso trata-se de um trabalho personalizado que objetiva deixar o
carro com a cara do seu dono".
Antes e depois
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Compare o ganho de potência em
alguns modelos que
tiveram os motores turbinados ou o chip reprogramado
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|
Original
|
Chip
|
Turbo*
|
Audi A6 3.0 |
220 cv
|
240 cv
|
380 cv
|
Audi A8 4.2 |
300 cv
|
330 cv
|
460 cv
|
BMW 330i |
231 cv
|
**
|
350 cv
|
BMW 525 2.5 |
192 cv
|
210 cv
|
290 cv
|
BMW X5 4.4 |
286 cv
|
**
|
420 cv
|
Lexus ES 300 |
213 cv
|
**
|
325 cv
|
Marea 2.4 |
160 cv
|
175 cv
|
245 cv
|
Mercedes C 180 |
129 cv
|
139 cv
|
193 cv
|
Mercedes C 240 |
170 cv
|
185 cv
|
255 cv
|
Mercedes ML 320 |
218 cv
|
230 cv
|
330 cv
|
Peugeot 307 |
110 cv
|
125 cv
|
175 cv
|
Passat / Audi 1.8 |
125 cv
|
140 cv
|
185 cv
|
Vectra 2.2 16V |
138 cv
|
150 cv
|
218 cv
|
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* Todas as potências finais são para
turbos com 0,6 kg dotados de intercooler
* * A reprogramação do chip não está
disponível para esses modelos no mercado nacional
Fonte: Lucchesi Preparações
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