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"Auto Esporte" - Revista Auto Esporte Ed. 467 - Abril /2004
Parati turbo trajada a rigor

 


Auto Esporte

Discreto ele é, mas esse modelo turbo explora o requinte dos cromados e uma preparação refinada do motor que gera 205 cv de potëncia

por Marcelo Goto
Fotos: Ivan Carneiro



Nada de lâmpadas de néon e detalhes coloridos espalhados pelo carro. O que mais chama a atenção nesta Parati 1.0 16V 2003 Turbo é a sobriedade. A perua, que lembra o estilo Dub, cujas principais característicassão itens cromados e aparência discreta, pertence ao preparador de motores Fábio Alexandre Reolon. È um dos cartões de visita da NPC Performance Power Chips, oficina especializada em remapeamento de chips de injeção eletrônica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Reolon, de 31 anos, revelou que teve que enfrentar uma fila de espera de três meses, até por fim pôr as mãos no carro. Segundo ele, logo que a Parati deixou a loja ela foi abastecida com apenas R$ 5 de gasolina, o suficiente para chegar ao local de emplacamento e depois seguir direto para oficina.

Lá, o carro foi convertido para álcool e, em seguida, para otimizar os ganhos de potência, o filtro original foi substituído por um modelo cônico feito de algodão, capaz de aumentar a captação de ar. As velas foram trocadas por outras com maior capacidade de dissipação de calor, e os bicos injetores receberam tratamento de eletroerosão para melhor vazão. O pacote conta com ainda com uma válvula para regular a pressão da turbina.

Toda essa parafernália elevou a potência de 112 cavalos para 155cv.O preparador acrescentou ainda um Kit de óxido nitroso NOS, que despeja mais 50cv no propulsor. Resultado: 205cv galopando sob o capô. Nada mal para uma perua 1.0. O conjunto também conta com embreagem de cerâmica - para suportar altas temperaturas - e freios redimensionados (discos maiores perfurados nas rodas dianteiras e sólidos nas traseiras ).

Para modificar o funcionamento do motor, o painel ganhou conta-giros com luz-espia (shift-light) e manômetro para medir a pressão da turbina.

Adepto declarado de acessórios cromados, Reolon equipou a perua com retrovisores, grade dianteira e pára-choques originais da série Crossover.

Para incrementar ainda mais o visual metálico, os vidros receberam duas camadas de película escurecedora. Não satisfeito, o preparador cromou as rodas TSW aro 17 polegadas e as pinças dos freios. O automóvel, aliás, tem 18 mil quilômetros rodados a já teve o jogo de rodas trocado cinco vezes. Os pneus são modelos Proxes T1 S 205/40 R17, da Toyo.

Por dentro, o carro exibe volante Mono, bancos de couro e tapetes de alumínio. O entretenimento fica por conta de um DVD Alpine instalado no console. O aparelho está conectado a uma unidade central 8200R, ambos da Pioneer. O som é amplificado por dois módulos BOSS, de 1.600 W cada, instalados nas paredes laterais do porta-malas. Ao centro do bagageiro estão dois subwoofers Bomber de 12 polegadas, abrigados em duas dutadas. O que sobrou do espaço foi ocupado pela garrafa de nitro de 24 libras.

Para transformar a Parati, Reolon afirma ter desembolsado R$20 mil, R$ 8 mil a menos do que ele diz ter pago para tirá-la da concessionária, em dezembro de 2002.


 

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