“Rápida e espaçosa”

Revista Full Power – Ed. 50

Dakota V6 3.9 recebe kit turbo e roda com mais “ânimo” que sua irmã maior: a RT V8 5.2

Espaço, conforto e potência, sempre foram os princípios básicos dos carros que passaram na mão dos donos dessa Dakota Sport 2.001. O anônimo proprietário conta que possuía outra picape média da Dodge, uma RT V8 5.2. Com o crescimento da família precisou se desfazer do utilitário – que, nesse caso, era uma cabine simples.
Depois de uma busca exaustiva por um modelo com cabine dupla, o advogado “achou” um raro exemplar (em 2.001, a média mensal de vendas do modelo foi de pouco mais de 200 unidades) com apenas 17.000 km e motor V.6 3.9. Após algum tempo enfrentando estradas e ladeiras de São Paulo, o dono percebeu que, em performance, tinha andado para trás, já que a antiga Dakota, a RT, empurrava bem mais.

Como já era muito caro colocar sua Sport no seguro (devido ao tamanho da barca) o proprietário resolveu investir em um kit turbo para acabar com o estresse causado pela falta de potência do V6 – mas não deixou a segurança de lado, instalando um rastreador via satélite. Quem realizou o trampo de instalação e acerto do sistema de sobrealimentação foi a NPC Performance, de São Bernardo do Campo (SP), onde Emerson “Gordo” Soares ficou encarregado em sanar a “fraqueza” da Dakota. Durante uma conversa com o dono, Gordo explicou as vantagens do kit turbo e, assim, o deixou mais tranqüilo em relação às mudanças.

Para soprar a ventania ao motor, um turbo Master Power 527, com carcaça .63 e trabalhando com 0,4 kg de pressão foi alojado no cofre, ligado à pressurização, desenvolvida pela Giba Escapes – assim como o coletor (desenhado por Gordo) e o sistema de escape de 2,5″. Na intenção de diminuir os roncos emitidos pelos bocudos, Giba fixou um par de abafadores intermediários.
A picape que rodava com gasolina agora engole combustível vegetal. Engole muuuito álcool! Duas bombas especiais adquiridas na Savor (uma interna e outra externa) enviam quantidade suficiente para o novo jogo de bicos Bosch, com 70% a mais de vazão que os originais. Isso, claro, antes de passar pela flauta retrabalhada por Emerson e pelo dosador HPI. Para queimar o combustível com maior eficiência, Gordo escolheu um jogo de velas mais frias, modelo BCPR9ES.
O módulo de injeção foi afastado cerca de quinze centímetros do sobrealimentador para que não fosse danificado com o calor gerado pelo “soprador”. Assim como o módulo, diversas partes do motor (como o ar-condicionado) receberam termotape (uma fita térmica de fibra de vidro) para ficarem isolados da alta temperatura.
Mas vamos para o asfalto conferir as alterações feitas na Dakota: a partir das 1.800 rpm o torque é abundante até o corte eletrônico de velocidade, que ocorre aos 180 km/h, perto de 6.000 rpm. O ronco dos escapes (quase) não denuncia os 252 cv revelados no dinamômetro, após o upgrade – originalmente esse seis bocas produz 117 cv. O câmbio automático de quatro marchas e eixo cardã foram reforçados para suportarem a força extra e despejar a potência nas rodas traseiras.

Como o kit não possui válvula de prioridade, o excesso de ar sai direto do turbo, emitindo um barulho animal! Para grudar o “caminhão” junto ao solo, o proprietário trocou o jogo de rodas original por um modelo de sua ex-Dakota (RT), de aro 15″, porém com pneus Toyo Proxes S/T largos: 275/70 que abrangem uma área maior de contato com o chão.
Se você ainda está com receio de turbinar seu carro, observe o comentário do proprietário: “Já rodei mais de 4.000 km com esse sistema e não tive problema algum”. Ainda, segundo ele, a única coisa que lhe atrapalha são os comentários dos seus filhos: “Pai, acelera. Vai, acelera!”

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